
O preço da pasta de papel tem vindo a atingir máximos históricos este ano, mas a tendência altista não deverá ficar por aqui, de acordo com as previsões do Citigroup, que reviu em alta as suas previsões para o preço da matéria-prima até 2010, ano em que estima que a cotação média atinja os 820 dólares por tonelada, mais 17% do que prevê para este ano.
Num estudo recente, o banco de investimento reviu em alta as suas previsões para o preço da pasta, citando uma série de factores, como a fraqueza do dólar, forte crescimento na procura e interrupções na produção devido a greves. O Citigroup previa já para este ano uma inversão na tendência de alta no preço da pasta de papel, mas já abandonou esta perspectiva.
Na semana passada a "commodity" atingiu um novo máximo histórico nos 720 dólares (de acordo com dados da FOEX), elevando a cotação média de 2007 para 686 dólares. O Citigroup elevou a sua previsão para este ano para os 699 dólares, pelo que estima que as cotações continuem em alta até final do ano.
Para 2008 é estimada uma quebra nos preços (para 668 dólares) devido ao aumento da produção, mas a tendência de queda deverá ser de curta duração, com o Citigroup a estimar mesmo um novo pico nos preços em 2009 e 2010.
Nestes dois anos as cotações deverão atingir os 733 e 820 dólares por tonelada, com o aumento da procura a suplantar novas capacidades de produção. Estas revisões em alta das previsões levaram o Citigroup a aumentar a estimativa para o preço médio de longo prazo em 22,7%, de 550 para 675 dólares.
Portucel e Altri em alta
O comportamento em bolsa das acções da Portucel e da Altri está fortemente relacionado com a evolução dos preços da matéria-prima, sendo que o desempenho deste ano dos títulos mostra o bom momento que vive o sector.
A Altri valoriza 41,76% em 2007 e na última semana acumulou uma valorização de 11,82%. Já a Portucel apresenta uma subida de 10,42% este ano, mais modesta uma vez que o negócio da pasta tem um peso menor no volume de negócios. Para as duas empresas a má notícia está na escalada do euro face ao dólar, que diminui o valor das receitas.
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