
SEM NOVAS FIBRAS, ORIUNDAS DE NOVAS ÁRVORES, O CICLO DO PAPEL NÃO PODE COMEÇAR. AS FIBRAS RECICLADAS DEGRADAM-SE APÓS POUCAS RECICLAGENS E POR ISSO IMPRESCINDÍVEL NOVAS FIBRAS.
Ao escolher o seu papel deve ter em consideração o seu ciclo total de existência e não apenas a fonte da fibra. É importante ter presente que, logo à partida, a fibra virgem é sempre necessária para tornar possível o fabrico de papel reciclado. 40% da nova fibra de madeira é sempre necessária para manter o ciclo global sustentável.
A maximização do uso de fibras recuperadas - comparativamente à fibra virgem - em classes de papel e circunstâncias adequadas, pode trazer benefícios económicos e reduzir, especificamente, os impactos ambientais.
“A maximização de conteúdo reciclado por si só, sem ter em consideração o tipo de produto, o desempenho e a localização das máquinas para laboração de madeira, pode, no entanto, dar origem a algo muito mais sério - se não for premeditado – tal como impactos ambientais negativos e nenhuma justificação económica".
Recycled Content and Virgin Fibre: Environmental, Economic and Technical Considerations for Magazine Publishers Metafore Inc Junho de 2009
É muito difícil estabelecer uma comparação directa entre o impacto ambiental da fibra reciclada de papel e da fibra virgem. São ambas importantes e podem possuir um argumento ambiental igualmente poderoso. As florestas fazem parte do ciclo que ajuda a retirar CO2 da atmosfera. Tudo começa nas árvores, onde se geram os produtos de papel, que continuam a armazenar carbono durante a sua existência e ajudam a minimizar as mudanças climáticas. O facto de os produtos de papel serem recicláveis e renováveis significa que o seu ciclo de vida pode ser alargado, prolongando estes benefícios e, além disso, contribuindo para a redução do nível de resíduos nos aterros.
Tal como em tantas histórias, a história do papel tem dois lados (Two Sides). No entanto, quanto mais souber sobre o tema, mais apto estará para tomar a decisão certa.
A sustentabilidade do sistema papeleiro global defende a utilização de uma elevada percentagem de utilização de fibra reciclada para os produtos papeleiros com ciclos de vida mais curtos(como a maioria dos papéis de embalagem, o papel de jornal e alguns tissues), reservando as fibras virgens para os papéis com ciclos de vida mais longos ou que possa sofrer um maior número de reciclagens, como é o caso dos papéis para impressão e escrita.
Na Europa, em termos geográficos, a abundância local de recursos florestais sustentáveis, ou de quantidades assinaláveis de papéis recuperados efectivamente disponíveis e adequados, deve também influenciar, obviamente, a extensão da aplicação deste princípio geral. Nas zonas com aptidão e vocação florestal, como é o caso de Portugal, em que as fibras virgens são localmente produzidas a partir de plantações florestais sustentáveis e detém uma qualidade difícil de igualar, consideramos que deverá, racionalmente, ser dada clara preferência ao uso de fibras virgens, sobretudo para papéis de alta qualidade.
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