quarta-feira, 16 de julho de 2008

Quando planear faz muita diferença



Uma das grandes qualidades do gráfico é o fato de saber se “virar” e ser no fundo, um bom empreendedor. Podemos constatar isto, observando o número de gráficos que nos escrevem e, que ao deixarem seus empregos, optam por abrir uma gráfica própria. Porém, muitos destes “pretendentes” se lançam numa empreitada sem nenhum tipo de informação sobre o mercado em que vão atuar, nem sobre o tipo de gráfica que vão abrir. Vão logo perguntando, quanto custa abrir uma gráfica digital. Sabemos por estatísticas várias, que perto de 70% destas pequenas empresas, abertas anualmente no Brasil, fecham antes de completar cinco anos, deixando dívidas e comprometendo o patrimônio particular destes empreendedores.



Para poder escapar desta estatística, muitos gráficos devem lançar mão de algumas ferramentas muito importantes para o administrador moderno. Um deles é formatar um plano de negócios (Business Plan) e fazer estudos de viabilidade econômica, nomes cada vez mais comuns no dia-a-dia de empresários de médio e pequeno porte. Acontece que nem sempre estes novos empresários gráficos possuem conhecimentos suficientes para faze-lo. Estas ferramentas fornecem ao novo empresário gráfico informações importantes para a gestão empresarial, para o lançamento de uma nova gráfica ou empresa correlata, como serviços de acabamento gráfico, por exemplo. Um consultor poderá sempre ajuda-lo, dando-lhe uma visão estratégica e possibilitando a busca de soluções rentáveis.



Na maioria das vezes, os gráficos em questão, são bons técnicos da área de pré-impressão, impressão ou acabamento, mas entendem muito pouco de gestão, estrutura societária, levantamento de capital e planejamento estratégico e análise tributária, questões fundamentais no processo de uma empresa.



O plano de negócios pode ser descrito como um currículo da empresa, que a posicionará no mercado em que pretende atuar, apresentando potenciais concorrentes e definindo projeções e resultados. Com isso, se definem os objetivos do negócio e se planejam procedimentos para atingi-los. Esse plano, além de importante para a abertura de novas empresas, pode também ser utilizado pelas gráficas que já estão no mercado, para reestruturação de gestão ou mesmo para a venda do negócio. Ele também é muito útil no lançamento de um novo sistema de impressão ou acabamento, analisando questões como a viabilidade econômica do projeto, mercado consumidor e concorrência. Neste caso são estudados: o marketing e as vendas, o custo de todas as etapas de produção, a estrutura de gestão necessária e projeções financeiras.



Os trabalhos realizados no plano de negócios buscam apresentar uma radiografia da gráfica a partir da análise do seu desempenho financeiro. A identificação das melhores opções para alcançar novos objetivos também é uma preocupação, pois são avaliados todos os investimentos e o retorno dos mesmos. Na elaboração do plano de negócios são verificados e analisados todos os pontos de diferenciação com relação a outras gráficas similares, bem como seus pontos vulneráveis. Com essas informações, é possível elaborar estratégias de marketing e vendas para os serviços gráficos, que antecipem possíveis problemas apresentando soluções para os mesmos.



Com o plano de negócios na mão, o gráfico terá um documento que, além de ser essencial em negociações, será uma importante ferramenta de análise da sua empresa gráfica, que possibilitará a ela planejar seus passos, desde o início de suas atividades até o seu crescimento, traçando diretrizes e corrigindo eventuais erros que possam ser cometidos, ou em caso de gráficas existentes, os erros cometidos até então.



Artigo impresso na Revista Printnews de Junho de 2008.

Sem comentários: