quinta-feira, 6 de março de 2008

Investimento da Portucel em Portugal depende da disponibilidade de matéria-prima

Jornal de Negócios Online
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A Portucel reiterou esta tarde que o investimento num nova fábrica, em Portugal, depende da existência de matéria-prima necessária para abastecer a unidade. As actuais condições não revelam essa garantia pelo que a empresa não está a considerar o território nacional como uma localização possível para a nova fábrica.

Em comunicado emitido para a Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), a Portucel afirma que o grupo "tem vindo a analisar várias alternativas com vista à constituição de bases florestais que permitam alicerçar os seus projectos de desenvolvimento em pasta branqueda de eucalipto, em localizações geográficas onde estejam reunidas as condições para que tais investimentos sejam competitivos".

Contudo, a empresa adianta que "Portugal não tem sido considerado como uma das localizações possíveis por, nas condições actuais de produtividade da floresta nacional de eucalipto, não estar garantida a disponibilidade de matéria-prima necessária para abastecer uma nova fábrica".

A empresa liderada por Queiroz Pereira deixa no entanto a porta aberta para investimentos futuros em território nacional se as condições necessárias forem reunidas.

A Portucel assentou, ontem, a primeira pedra da nova fábrica de papel, em Setúbal, e Pedro Queiroz Pereira aproveitou a oportunidade para revelar que está a considerar construir uma nova unidade de produção, num investimento que poderá ascender aos mil milhões de euros, que, segundo os analistas do BPI, deverá ser localizada na América Latina e não em Portugal.

As acções da Portucel [Cot] fecharam a sessão a subir 0,97% para os 2,09 euros.

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