A Papelaria Fernandes desmentiu esta quinta-feira a Inapa, justificando o rumo da história que opõem as duas empresas e tecendo algumas acusações.
A Papelaria Fernandes garante que só colocou uma acção judicial contra a Inapa porque descobriu que os contratos com participadas desta lhe eram ruinosos.
«O Conselho de Administração da Papelaria Fernandes descobriu, no exercício das suas funções e dos seus accionistas que a Inapa, enquanto accionista de referência, levou-a a celebrar contratos com participadas que eram ruinosos e beneficiavam a Inapa».
A empresa adianta que jamais procurou «negociar uma compensação financeira como contrapartida do silêncio» do mesmo e de não recurso aos Tribunais e desmente a Inapa, que ontem garantia que a 30 de Agosto tinha sido formalmente informada pelo Conselho de Administração da Papelaria Fernandes da apresentação em 1 de Agosto de um processo cível contra si.
A empresa justifica ainda que «não é verdade» que só depois de 30 de Junho, esta tenha comunicado à Inapa a sua indisponibilidade para abrir mão das cartas de conforto emitidas por esta última a favor do BES e da Caixa Central de Crédito Agrícola Mútuo, pois aquela posição «foi transmitida ao Presidente do Conselho de Administração da Inapa e ao seu presidente executivo», já em Abril e reiterada depois no mês de Maio.
A comprová-lo está o facto de «o Conselho de Administração da Inapa ter tentado, sem o conhecimento e consentimento da Papelaria Fernandes, libertar as referidas cartas conforto junto das referidas Instituições de Crédito» em finais de Abril deste ano, acrescenta.
Perante a descoberta destes factos, a Papelaria Fernandes refere que o Conselho de Administração limitou-se a comunicá-los à distribuidora (Inapa) e a perguntar se havia a disposição para compensar a empresa pelos prejuízos causados.
«Porque não foi possível chegar a acordo, a Papelaria Fernandes não teve alternativa a propor a competente acção judicial para defesa dos seus interesses e dos seus accionistas», salientam.
A Papelaria Fernandes desmente ainda ter estado alguma vez impossibilitada de substituir as referidas cartas conforto.
Mais. Esta refere que comunicou que a Inapa tinha a obrigação de manter aquelas cartas de conforto e, somente por isso, não se dispôs a permitir a sua libertação.
Sem comentários:
Enviar um comentário