quinta-feira, 26 de outubro de 2017

Lucros da Navigator aumentam 8,6% com corte de custos e aumento das vendas

Os resultados líquidos aumentaram para 145,8 milhões de euros, ligeiramente acima do estimado pelos analistas do CaixaBI. Os incêndios provocaram um prejuízo de 2,2 milhões à companhia.
A Navigator terminou os primeiros nove meses do ano com um resultado líquido de 145,8 milhões de euros, um valor que representa um crescimento de 8,6% face ao mesmo período do ano passado e fica ligeiramente acima do estimado pelos analistas do CaixaBI (144,3 milhões de euros). Olhando apenas para o terceiro trimestre os lucros aumentaram 1,9% para 49,8 milhões de euros, com as vendas a subirem 5,4%. A subida dos lucros nos nove meses é justificada pelo aumento das vendas, recuperação recente dos preços da pasta e redução de custos operacionais e financeiros. As vendas aumentaram 4,7% para 1.209,8 milhões de euros até Setembro. Todas as áreas de negócios aumentaram as vendas, sendo que no papel foi atingido um novo recorde (1.158 toneladas). Na pasta as vendas cresceram 32% (reflectindo o maior volume e preços mais elevados), as vendas de energia eléctrica subiram 16% e no tissue o aumento foi de 11%. No que diz respeito aos preços do papel (área de negócio com maior peso no grupo) a empresa diz que se mantém a "tendência positiva na evolução do preço", sendo que este ano foram implementados quatro aumentos de preços, que permitiram "atenuar o decréscimo de preço que se verificou no quarto trimestre de 2016". EBITDA estável e redução de custos Abaixo da linha das vendas, a Navigator apurou um EBITDA de 300,1 milhões de euros, uma queda ligeira de 0,5% face ao período homólogo, que resultou numa descida de um ponto na margem EBITDA para 25%. Quando aos custos operacionais, aumentaram 4,2% para 185,5 milhões de euros, com a empresa liderada por Diogo da Silveira a destacar o impacto positivo de 18 milhões de euros do programa de redução de custos. Ainda nos custos, mas agora financeiros, a Navigator também registou uma evolução positiva, já que os resultados financeiros negativos encolheram para menos de metade (de -16,6 milhões de euros para -6,5 milhões de euros), na "sequência da redução do custo com as operações de financiamento e do resultado positivo das coberturas cambiais". A Navigator chegou a Setembro com uma dívida líquida de 742 milhões de euros, o que representa um aumento face ao período homólogo (723 milhões de euros), devido ao pagamento de dividendos (250 milhões de euros) e investimento (75,7 milhões de euros). Incêndios custam 2,2 milhões No comunicado com os resultados trimestrais, a Navigator refere que as estimativas apontam para que tenham ardido 2.700 hectares de eucalipto da empresa, a que corresponde um impacto negativo acumulado de 2,2 milhões de euros em activos biológicos. No que diz respeito apenas ao terceiro trimestre, o impacto negativo no EBITDA foi de 1,4 milhões de euros, o que representa pouco mais de 1% do total obtido no período. Estas perdas não contemplam ainda os incêndios de Outubro, nomeadamente de dia 15, que foi o "pior do ano", pois o "impacto financeiro ainda se encontra em fase de apuramento". "Sendo difícil estimar as consequências destes incêndios no abastecimento de madeira em anos futuros, não se antecipam, neste momento, riscos no fornecimento de madeira às unidades fabris do Grupo", refere a empresa.

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