
Os trabalhadores da Portucel de Setúbal vão paralisar na terça-feira e concentrar-se a 10 de Abril. estão contra a denúncia do Acordo de Empresa e exigem aumentos salariais.
Os trabalhadores da Portucel de Setúbal vão paralisar na terça-feira e concentrar-se a 10 de Abril, dia da Assembleia-Geral de accionistas, contestando a denúncia do Acordo de Empresa (AE) e exigindo aumentos salariais.
Os trabalhadores fizeram uma primeira greve, entre as 00:00 e as 24:00 de 01 de Abril e voltam a parar das 08:00 às 24:00 do dia 03 de Abril, suspendendo a paralisação a partir das 00:00 do dia 04 e até às 00:00 do dia 12, altura em que será realizado novo plenário para analisar a situação.
Américo Flor, do Fiequimetal (Federação Intersindical das Indústrias Metalúrgicas, Químicas, Elétricas, Farmacêutica, Celulose, Papel, Gráfica, Imprensa, Energia e Minas), disse à Lusa que um dos objetivos é alargar a aplicação do AE da Portucel às restantes empresas do grupo (ATF, Headbox, Arboser e EMA21) para" acabar com a discriminação" entre trabalhadores e exigir que seja retirada a proposta de denúncia do AE.
"Isso é o princípio do fim do AE", sublinhou o sindicalista, acrescentando que os trabalhadores querem também que sejam retiradas as propostas relativas ao banco de horas e adaptabilidade.
"A Portucel sempre funcionou, e bem, com as regras que existiam. Agora querem é acabar com o pagamento das horas suplementares e pôr as pessoas a trabalhar à borla", criticou Américo Flor.
Na moção aprovada a 29 de Março, os trabalhadores lembram ainda que os salários diminuíram mais de 3,7 por cento com o agravamento da inflação em 2011, reivindicando um aumento no mesmo valor, face aos 0,6 por cento propostos pela administração.
Para o dia 10 de Abril, "dia em que os accionistas dividem o bolo da riqueza que os trabalhadores produziram", ou seja, a data em que a Portucel realiza a sua assembleia-geral anual, está agendada uma concentração frente ao hotel Altis, em Lisboa.
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