
A Papelaria Fernandes, que já foi declarada judicialmente insolvente, registou nos primeiros três meses do ano prejuízos de 2,85 milhões de euros, quando há um ano havia apresentado lucros de 642 mil euros.
Os resultados operacionais da empresa passaram por seu lado de 1,39 milhões de euros positivos no primeiro trimestre de 2008 para 2,4 milhões de negativos em Março passado. Em comunicado, a Papelaria Fernandes avança que “fruto da ‘asfixia’ financeira da empresa, apenas foi possível manter com relativa normalidade o sector de retalho, devido a um apoio financeiro específico por parte do principal credor.
Todas as demais actividades das empresas do Grupo Papelaria Fernandes registaram, pois, uma quase total paralisação”.
O volume de negócios consolidado do grupo caiu 69,9% nos primeiros três meses do ano, de 4,6 para 1,4 milhões de euros.
A empresa recorda que, na sequência da substituição do conselho de administração deliberada no final de Dezembro e do mandato que lhe foi incumbido, “efectuou-se um estudo de viabilização dos negócios do Grupo Papelaria Fernandes, tendo-se concluído, em assembleia geral ocorrida no final de Março, pela apresentação à insolvência da sua empresa matriz, bem como de todas as suas participadas, visando a sua recuperação, por via de um plano de insolvência que venha a consagrar a transmissão, para uma nova empresa, de alguns dos negócios considerados, por aquele estudo, potencialmente rendíveis”.
O activo líquido total da Papelaria Fernandes diminui nos primeiros três meses 58% para os 25,9 milhões de euros, enquanto o passivo total aumentou 9,6% para 64,5 milhões.
O total do capital próprio da empresa era em Março de 38,6 milhões de euros negativos, expondo-se assim que a empresa está tecnicamente falida.
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