terça-feira, 29 de julho de 2008

Heidelberg anuncia forte corte nos custos


A Heidelberg não espera uma rápida melhoria nas suas vendas, pretendendo por isso, reduzir os seus gastos. Segundo informou em Heidelberg, o maior fabricante mundial de máquinas gráficas, deverá reduzir, principalmente na área administrativa, 500 postos de trabalho até o segundo trimestre de 2011.


O grupo, em luta com a força do euro, pretende expandir a produção na Eslováquia e na China, países de salários baixos, e também nos EUA. Dentro de três anos, seus dispêndios deverão ser reduzidos em 100 milhões de euros. Deverão contribuir para isso maiores compras de aço, plásticos e material eletrónico fora da área do euro. No entanto, antes de tudo, a empresa, fortemente dependente de exportações, deverá despender a mesma quantia em redução de pessoal, transferências de locais e reestruturações. Por isso, um alívio perceptível e a melhoria da lucratividade não deverão ocorrer antes do exercício de 2011/2012 (fim de março).

Com seu volumoso pacote de medidas, que também prevê um corte nos gastos com pesquisa e desenvolvimento, a direcção prepara seus acionistas para uma trajetória magra mais prolongada. O ramo, que também sofre as pressões da expansão da publicidade via internet, estaria “diante de um persistente deslocamento lateral”, segundo admitiu a empresa. “Por enquanto, a Heidelberg não conta com uma retomada perceptível no ramo”, foi a conclusão tirada da drupa. É verdade que nessa exposição a Heidelberg fechou numerosos pedidos para suas novas máquinas para gráficas de embalagens, um segmento considerado como mercado em crescimento, o que garante a produção pelos próximos seis meses. No entanto, o ingresso de pedidos no primeiro trimestre (abril a junho), de 1,1 a 1,15 bilhão de euros, não passou do nível do ano-drupa de 2004. Naquela ocasião, o ramo havia passado por uma grave crise e estava diante de uma retoma.

No primeiro trimestre do exercício corrente, os custos da feira, o início de produção das novas impressoras de formato grande e a modesta procura refletiram-se negativamente. Segundo informações preliminares, a facturação caiu para 640 a 660 milhões de euros, em comparação com 742 milhões de euros no exercício precedente. Como se esperava, a empresa deslizou para o vermelho com um prejuízo operacional de 35 a 40 milhões de euros.

Há um ano, a empresa ainda havia realizado um lucro operacional de 26 milhões de euros. A empresa informou que, no exercício corrente, que se encerra em março de 2009, prevê um recuo do resultado e na facturação. Já no ano passado o euro valorizado e um arrefecimento conjuntural nos EUA haviam azedado os negócios da Heidelberger Druck.

Para o seu segundo trimestre do exercício (de julho a setembro), a Heidelberg não prevê prejuízo. “Não prevemos isso” disse o diretor financeiro Dirk Kaliebe, na última quinta-feira, numa conferência telefónica diante da pergunta a respeito de uma nova perda operacional no segundo trimestre.

Fonte: http://www.printcomworld.com

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