As acções da Altri estão a negociar em forte alta na bolsa, registando uma valorização acima de 13%, beneficiando com uma recomendação de “forte compra” emitida esta manhã pela Lisbon Brokers.
As acções da companhia liderada por Paulo Fernandes sobem 6,47% para 2,55 euros, aliviando de uma subida máxima de 13,57% para 2,72 euros. Com esta valorização, a Altri reduziu as perdas do ano para 43,36%.
A Lisbon Brokers divulgou hoje uma nota de investimento em que reinicia a cobertura da Altri, após a cisão da Ramada Investimentos, o negócio do aço e armazenagem. A corretora atribui um preço-alvo de 3,00 euros e uma recomendação de “forte compra” à empresa de pasta e papel.
A analista Sara Amaral assinala que a separação da Ramada Investimentos permite à Altri focar-se no negócio de pasta e papel, tornando-se um “player” puro no sector. A operação possibilitou à empresa reduzir a dívida em 100 milhões de euros para cerca de 620 milhões.
A Lisbon Brokers identifica vários catalizadores para a empresa, onde se destaca a aposta no negócio da biomassa, os projectos de investimento na produção de pasta de papel, que permitirão duplicar a capacidade na Celbi até 2010 para 600 mil toneladas, e o crescimento dos mercados de celulose e eucalipto. Dentro de dois anos, a capacidade de produção da Altri será de 910 mil toneladas.
De acordo com Sara Amaral, os investimentos em curso permitirão à empresa aumentar de forma expressiva os fluxos de caixa (cash flows) da actividade nos próximos anos. As estimativas apontam para um crescimento médio anual de 4,6% das receitas nos próximos três anos, para 412,6 milhões de euros, e de 9,6% do EBITDA, para 122,8 milhões de euros. Os lucros deverão crescer a um ritmo de 19,8% para 57,4 milhões.
A Altri tem ainda beneficiado da subida dos preços da pasta, que atingiram um preço recorde em Junho, nos 547,7 euros por tonelada. A Lisbon Brokers alerta, no entanto, para o impacto do aumento dos preços da madeira e dos químicos, que afecta os custos das matérias consumidas.
A analista Sara Amaral reinicia a cobertura das acções com um preço-alvo de 3,00 euros por acção. O que face à cotação de fecho da véspera, de 2,395 euros, representa um potencial de valorização de 25% nos próximos 12 meses.
Sem comentários:
Enviar um comentário