O Caixa BI considera que a Inapa poderá vir a ser "apanhada" em movimentos de consolidação no médio-prazo, uma perspectiva que assenta nas recentes operações de fusões e aquisições no sector e no facto do Estado estar a preparar a alienação da sua participação.
"Consideramos que as F&A podem apanhar a Inapa, que poderá ser uma alvo preferencial dada a vantagem que a companhia oferece, o panorama do sector e os recentes movimentos de consolidação, além do Estado português ter intenção de vender a sua posição".
A afirmação é feita numa nota de "research" em que a analista Teresa Caldeira subiu a recomendação da Inapa de "acumular" para "comprar", mantendo inalterado o preço-alvo de 1,35 euros. Este "target" confere aos títulos um potencial de subida de 58,8% face à última cotação da empresa, de 0,85 euros.
A revisão "incorpora as novidades apresentadas pela empresas, nomeadamente o impacto da reestruturação e o recentemente divulgado plano estratégico. Além disso, actualizámos as nossas estimativas dado os resultados de 2007 que mostram uma performance operacional favorável".
"A empresa realizou um aumento de capital que teve como objectivo reduzir a dívida e que deverá ser um dos principais criadores de valor para a Inapa, já que acreditamos que irá mitigar a principal fraqueza da empresa, o excesso de alavancagem", refere o banco de investimento.
A avaliação do Caixa BI tem por base uma "visão conservadoras em relação aos ‘targets’ para a evolução do mercado e o impacto real da reestruturação e o plano estratégico". Teresa Caldeira acrescenta que, "como tal, estes dois factores podem ser ‘triggers’ para a empresa, caso consiga atingir as suas metas".
O banco de investimento conclui a nota com um alerta, relativamente às finanças da Inapa. "A saúde financeira da Inapa poderá ficar comprometida pelos processos judiciais a decorrer" contra a empresa. "Caso o desfecho seja desfavorável à Inapa, o valor da empresa irá diminuir".
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