quarta-feira, 19 de março de 2008

Grupo Portucel Soporcel constrói em Setúbal a mais sofisticada Fábrica de Papel do mundo


- Investimento de €550 milhões terá um impacto significativo num sector estruturante para a economia nacional, como é o caso da fileira florestal do eucalipto, e nas exportações de bens com alto valor acrescentado


- O reforço da capacidade exportadora do Grupo e a criação de emprego qualificado são outros aspectos relevantes deste projecto

O Primeiro-Ministro José Sócrates presidiu no passado dia 4 de Março à cerimónia de lançamento da primeira pedra da nova Fábrica de Papel do complexo industrial de Setúbal do grupo Portucel Soporcel, um projecto de reconhecida importância para a economia do País, nomeadamente ao nível da criação de emprego qualificado e do aumento das exportações de bens com alto valor acrescentado.

O Chefe do Governo foi recebido no local por Pedro Queiroz Pereira e por José Honório, respectivamente o Presidente do Conselho de Administração e o Presidente da Comissão Executiva do grupo Portucel Soporcel, tendo assistido, na companhia de cerca de uma centena de personalidades convidadas, a uma breve apresentação, feita por José Honório, sobre as principais características e vantagens deste avultado investimento, num montante que rondará os €550 milhões.

A nova fábrica, que se prevê possa começar a laborar em Agosto de 2009, acolherá como equipamento central a maior e mais sofisticada máquina do mundo para a produção de papéis finos não revestidos (UWF). Com 11,1 metros de largura, a nova máquina irá produzir cerca de 500.000 toneladas/ano de papéis de escritório de elevada qualidade, permitindo integrar em papel toda a pasta produzida no complexo de Setúbal.

A nova unidade possibilitará o aumento da produção de papéis de impressão e escrita de elevada qualidade para 1,5 milhões de toneladas/ano, reforçando assim a presença do Grupo num sector onde é já hoje uma referência mundial, exportando cerca de 92% da sua produção total de pasta e papel, num valor que ultrapassa os € 950 milhões e representa cerca de 3% do total das exportações portuguesas de bens em 2007, com a particularidade de o seu principal factor de produção ser um recurso natural e renovável: a floresta nacional.

O contributo da nova Fábrica de Setúbal será, aliás, decisivo no reforço da competitividade do Grupo no mercado internacional de papéis finos não revestidos, onde assumirá uma posição de liderança a nível europeu e expandirá, por exemplo, a posição relevante já alcançada no mercado norte-americano. De facto, exportando os seus produtos, de alto valor acrescentado, para mais de 80 países em todo o mundo, é na Europa e nos EUA que o Grupo concretiza o volume mais expressivo das suas vendas, com cerca de 91% do total.

Criação de emprego e protecção ambiental

Outro impacto positivo que a nova fábrica terá na economia nacional, com especial enfoque no desenvolvimento da região de Setúbal, relaciona-se com a promoção de emprego qualificado, na medida em que este projecto envolve a criação de 350 postos de trabalho directos altamente qualificados, para além de um significativo número de empregos indirectos e da mobilização de cerca de 1200 trabalhadores na fase de pico da construção da fábrica.

De referir que a futura Fábrica de Setúbal, que respeitará os mais exigentes padrões ambientais legalmente estabelecidos em Portugal e na União Europeia, tem associado um projecto para a instalação, no perímetro do complexo fabril de Setúbal, de uma central de co-geração de ciclo combinado com turbinas a gás natural (80 MW), o que permitirá não só satisfazer as necessidades de energia eléctrica e de vapor da nova unidade fabril, mas também fornecer interessantes excedentes de energia à rede eléctrica nacional. Recorde-se que a produção de energia eléctrica do Grupo – que é líder destacado na produção de energia a partir de biomassa – representa actualmente cerca de 2% do consumo total em Portugal.

O projecto da nova Fábrica de Setúbal enquadra-se num plano mais vasto de desenvolvimento e modernização tecnológica e de redução do impacto ambiental do grupo Portucel Soporcel, plano esse em curso e que compreende um total de investimentos de cerca de €900 milhões, incluindo vários projectos nos três complexos industriais existentes: Cacia, Figueira da Foz e Setúbal.

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